Surubão do Arpoador leva o dogging para as redes sociais

Dogging

Surubão do Arpoador é dogging?

Após a repercussão do caso ‘Surubão do Arpoador’, no qual cerca de 30 homens praticaram um orgia ao ar livre no Rio de Janeiro, o termo dogging entrou em pauta nas redes sociais. Se você acompanha o nosso portal, sem dúvida já sabe que dogging é o fetiche que mistura voyeurismo com exibicionismo, caracterizado pela prática de sexo em lugares públicos

Conforme o Código Penal Brasileiro, a prática de atos obscenos em locais públicos é crime e eventualmente pode render pena de 3 meses até 1 ano ou multa.

Caracterizado por uma fusão de voyeurismo e exibicionismo, o dogging é um fetiche que explora o sexo em lugares públicos com direito a observadores. A prática originou-se na década de 1970, na Inglaterra, inicialmente com o nome de cruising e restrita aos homens gays. O termo dogging engloba todos os adeptos, independente de sexualidade e do gênero.


O que dizem os praticantes

M, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que sempre teve tesão em práticas exibicionistas e é adepto ao dogging desde a juventude. Ao frequentar festas liberais com o parceiro, M descobriu que o mais empolgante são os espectadores: “Gosto de ver para onde olham e como reagem.”

Em Brasília, lugares como a Floresta do Sussurro, no Parque da Cidade, e banheiros de shoppings, são conhecidos como pontos dos praticantes de dogging. M. explica que existem códigos na comunidade para praticar: “Tem código de vestimenta e não pode beijar. A aproximação é cautelosa. Essas pessoas não tem nome quando você transa com elas.”

A sexóloga e psicóloga Alessandra Araújo opina que as consequências na hora do ato podem não ser consideradas ao priorizar a satisfação do desejo sexual. O arrependimento pode gerar medo de exposição e ridicularização, estresse e ansiedade. “Efeitos positivos, como autoestima e sentimento de conquista, também podem ser alcançados”, complementa.

Dentro de um relacionamento, a sexóloga argumenta que o dogging pode gerar tanto conexão e estabilidade, quanto desconfiança, ciúmes e quebra de privacidade. “Tudo tem que ser acordado e consentido para ninguém se machucar. Definir local, pessoas permitidas no ato, proteção e segurança é essencial”, aconselha.

Ao se colocar em uma situação de vulnerabilidade sanitária, Alessandra alerta que contrair uma infecção sexualmente transmissível (IST) torna-se mais fácil. Às vezes o dogging não é planejado, ou seja, ele surge como uma oportunidade, contudo as condições de higiene do local e pessoas devem ser consideradas.

Para C, que também não terá o nome revelado, a adrenalina e o perigo são os aspectos mais excitantes da prática: “Não é algo que eu combine, só acontece. É visceral.” Ela explica que o ápice do ato, diferentemente de fazer sexo em casa, é o começo, e não o final.


De onde vem o nome dessa prática

O termo dogging surgiu da expressão inglesa “walking the dog”, que em uma tradução literal seria “passear com o cachorro”. Mas no meio liberal não é isso que ela significa.

Quer aprender mais sobre o dogging, conhecer todas as regras dessa prática excitante e descobrir como você pode participar com segurança? Clique aqui!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezenove + 7 =